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Mês: fevereiro 2016

Administrando o consultório em tempos de crise econômica – parte 3

Dívidas, juros e inflação

Eu acho tudo isso bem estranho. Países desenvolvidos em momentos de crise assistem à diminuição dos preços (deflação) e para o fundo do poço vai a taxa de juros. Certamente os economistas têm boas explicações, mas vamos cair na real: Vivemos no Brasil e aqui não é assim que funciona. Em geral crise econômica por essas bandas significa inflação aumentando, juros subindo, cotação da moeda (que para mim já foi cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo, urv, real, real novo. Opa, esse ainda não!) despencando e imóveis e ações em baixa.
E, como isso impacta sua vida? Vamos dar uma olhada.
INFLAÇÃO – o seu dinheiro já não faz mais o mesmo. Há duas opções. Trabalhe mais tempo ou aumente sua produtividade. Aumente seus preços. Na 1a. opção você se desgasta mais, na 2a. perde pacientes. Minha sugestão é usar um misto das duas. Tente trabalhar mais e vá reajustando seus preços devagar.
JUROS – o lado ruim é que você paga caro para financiar sua prática profissional. Cuidado com antecipação de recebíveis, os juros vão custar caro. Cuidado com parcelamentos longos oferecidos aos pacientes. Você pode perder bastante dinheiro se precisar antecipar os recebimentos.
DÍVIDA – inflação + juros altos significam dívidas impagáveis. Nesses tempos atuais não dá para assumir dívidas. Não dá para entrar em dívidas para adquirir bens e muito menos para financiar consumo. Agora, é seguir a máxima de que quem compra à vista paga menos. É fato. Agora os movimentos são mais lentos.
Bem, e o que faço se vou trabalhar menos porque os pacientes diminuem, vou receber um dinheiro que vale menos devido à inflação e não posso financiar meu consumo devido aos juros? Bom, só lhe resta economizar. E sabe qual a maior economia que você pode fazer em seu consultório? Diminuir o seu padrão de vida pessoal. Veja no post anterior que o maior gasto do consultório é o pró-labore que ele pega ao profissional.
Mas nem tudo é ruim nesse cenário. Com juros altos e imóveis e ações em baixa os iniciados na arte de enriquecer estão fazendo compras. O difícil é fazer sobrar dinheiro. Fica a dica.
Let’s TAD.

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