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TAD.Belan Posts

Alta Tecnologia e Odontologia

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Já parou para pensar que aquela coroa que você acabou de cimentar pode ter sido confeccionada por um robô? Já pensou que essa mesma prótese pode ter sido “esculpida” em um software? Que aquele laudo foi feito por meio de uma imagem digital e que paciente e radiologista sequer estavam no mesmo local? Sabia que inteligência artificial está sendo usada para descobrir onde está o forame apical, para avaliar a necessidade de exodontia de pré-molares em Ortodontia, ou para diagnóstico diferencial em doenças periodontais? Acredita que já existem robôs para fazer tratamento de DTM com massagem muscular?

Isso já está acontecendo e você pode encontrar várias referências sobre esse assunto na base de dados Medline. E digo mais. Isso é só o começo. A tecnologia usada nem precisa ser perfeita. Basta que simplesmente seja melhor do que o desempenho de um humano. Basta que faça o trabalho de uma forma mais precisa; ou com menos erros; ou mais rápido; ou mais barato; ou, de bônus, às vezes, tudo junto.

Sem dúvida existem profissionais muito talentosos que podem superar os robôs ou computadores. Ainda. Mas não por muito tempo. Agora, diga-se que inteligência artificial e robôs não são bons em empatia, compreensão, apoio, avaliação psico-social, negociação, priorização, paciência, avaliação de oportunidade, noção de custo e beneficio frente às oportunidades e por aí vai. Essas são características humanas que os computadores não vão desenvolver ou que nós não permitiremos que eles desenvolvam. Os seres humanos são o fim, não as maquinas.

Provavelmente a formação profissional será cada vez mais na área de relacionamento profissional-paciente e menos na área técnica. Quem cuida de pacientes já sente bastante os efeitos dessa mudança de paradigma e quem pretende seguir na área da saúde sentirá ainda mais.  Robôs e inteligência artificial são bons e serão melhores em alguns aspectos e seres humanos em outros tantos. Melhor mesmo é unir os dois em prol dos nossos pacientes. 

Let’s TAD.

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Administrando o consultório em tempos de crise econômica – parte 5

E se eu sou empregado ou tenho uma empresa do setor odontológico?

 

As estratégias que temos discutido se aplicam especialmente aos consultórios. Mas claro que como funcionário ou prestador de serviço você pode adotar algumas medidas para melhorar a sua condição.

Se o seu caso é o de um funcionário público concursado, sua principal preocupação provavelmente é a diminuição do poder de compra do seu salário causada pela inflação e a política de reajustes que não repõe o valor adequadamente. Como todo mundo, o que lhe resta agora é economizar para fazer o dinheiro chegar no fim do mês. Claro que é ruim, mas tenha em mente que sua situação é privilegiada. A grande maioria está torcendo mesmo é para não perder o emprego/trabalho.

E por falar em perder emprego, você que é funcionário do setor privado ou mesmo prestador de serviços em clínicas odontológicas deve estar muito preocupado com a situação atual. Talvez esse seja o trabalho mais arriscado para o cirurgião-dentista. Diferente do cirurgião-dentista autônomo que corre o risco de ganhar menos, o risco do funcionário/prestador é ganhar nada……zero…….nadinha.

Para minimizar esse risco minha sugestão é que você seja mais empreendedor, no sentido de agregar valor ao serviço oferecido no seu local de trabalho. A atitude de fazer acontecer em vez de esperar que alguém faça acontecer é fundamental para a vida profissional, em especial em tempos difíceis. Analise e faça sugestões de melhorias (se você trabalha com uma equipe de 1a. linha receberá um agradecimento em vez de críticas). Tome a iniciativa para resolver problemas. Se ofereça para fazer algo importante, mesmo que seja fora da sua zona de conforto. Se estiver com tempo livre, não o deixe livre. Produza mesmo que não seja algo ligado diretamente com sua função ou que lhe proporcione remuneração. Com essas atitudes você estará ajudando a construir um ambiente de negócios melhor e quando os bons tempos voltarem você será muito bem recompensado. Certamente!

Não deixe também de fazer uma boa reserva de emergência para cobrir gastos com imprevistos e principalmente para continuar tocando a vida no caso de desemprego. Os especialistas na área sugerem uma reserva financeira aplicada em investimentos de liquidez imediata e com baixo risco. Ou seja, o dinheiro não pode diminuir de valor e deve estar disponível no mesmo dia na sua conta em caso de necessidade de resgate. O valor sugerido para essa reserva é de pelo menos o equivalente a 6 meses de seus gastos pessoais/familiares. Eu costumo trabalhar com uma margem maior e mantenho o equivalente a um ano de meus gastos familiares em aplicações líquidas e seguras (se é que isso existe em nosso país).

Fazendo a lição de casa do ponto de vista profissional e do financeiro é provável que você atravesse bem as turbulências econômicas. Vá em frente firme e forte.

No caso dos empresários do setor odontológico o que tenho a dizer é o seguinte: você deveria saber de tudo isso muito melhor do que eu.

Let’s TAD.

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Sobre a reportagem a respeito das lentes de contato dentárias da Revista Veja São Paulo

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O Último Grito da Estética é o título da reportagem da Veja São Paulo de 19/02/2016 que discorre sobre as lentes de contato dentárias. Título chamativo para um tratamento chamativo. Pois, então vamos às considerações.

  • Odontologia na mídia, a princípio, é bom para a classe odontológica e para os pacientes. Com o atual enfoque sendo melhor para a primeira.
  • Tratamentos estéticos também produzem saúde uma vez que o estado psicossocial dos indivíduos é realmente uma questão de saúde.
  • Tratamentos restauradores representam uma modalidade importante no leque de opções de tratamentos dentários estéticos. As lentes de contato representam apenas uma menor parte desses procedimentos, porém são muito alardeadas.
  • Quando bem indicadas são uma ótima alternativa de tratamento.
  • Modelos de negócio odontológico baseados nesse tipo de intervenção são legítimos e têm seu público específico.
  • Lentes de contato dentárias são apenas um novo nome para um procedimento conhecido e usado pelos dentistas já de longa data. São as facetas de cerâmica com um novo visual (de mercado, é claro, e não de estética).
  • Há muitas vezes opções mais conservativas como clareamento, ortodontia e restaurações de resina composta. Quando os casos de escurecimento, desgastes, fraturas e mal posicionamentos são importantes, as lentes de contato não conseguem resolver. Essas limitações impostas pelo lado conservativo e pela necessidade do procedimento invasivo limitam muitíssimo a utilização das lentes. Normalmente quando o caso é simples as lentes são sobre-tratamento e quando é complexo são sub-tratamento.
  • Lentes de contato são procedimentos totalmente irreversíveis. Uma vez utilizadas não podem mais ser removidas sem danos à estrutura dentária.
  • Lentes de contato, muito provavelmente, não durarão para sempre. Sempre que houver problemas terão que ser substituídas. Se o paciente é muito novo terá que fazer o procedimento várias vezes no decorrer de sua vida.
  • Lentes de contato apresentam alto valor agregado. Esse fato pode levar a uma indicação exagerada do procedimento. Experimente falar em facetas em vez de lentes de contato e veja o preço cair pela metade.
  • Eu indico poucas lentes de contato para meus pacientes.
  • Prefiro oferecer promoção de saúde e prevenção e guardar os tratamentos restauradores como uma opção reservada a dentes e sorrisos com comprometimentos relevantes.
  • Para quem pretende argumentar que não ofereço essa modalidade de tratamento com frequência porque não sou capacitado informo que Odontologia Restauradora Estética é parte de minha formação profissional, inclusive com um título de doutor em Dentística (a especialidade odontológica que aborda esse tipo de intervenção) e por mais de 20 anos venho lecionando sobre esse tema.
  • Acredito que a atuação profissional do cirurgião-dentista deveria focar no paciente e não no próprio profissional.
  • Odontologia é para cuidar de pessoas e não de dentistas…………. eu acho.

Let’s TAD.

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